Crítica | Minecraft: Uma aventura que surpreende mesmo para quem nunca jogou
Assistir ao filme Minecraft foi, honestamente, uma surpresa muito agradável. Eu nunca joguei o game — sim, pode me julgar — mas isso não impediu em nada de mergulhar na história e entender claramente a proposta do universo que o longa quis retratar. A transição do jogo para o live-action é fluida, bem contextualizada e entrega uma narrativa que, apesar de simples, prende.
A trama consegue equilibrar bem o absurdo do mundo de blocos com dilemas humanos, trazendo humor e emoção na medida certa. O que mais me impressionou foi como o filme consegue ser acessível tanto para fãs hardcore do jogo quanto para quem, como eu, só conhece o nome “Minecraft” de ouvir falar.
Agora, o ponto alto, sem sombra de dúvida, é a atuação carismática de Jack Black. O cara rouba a cena com o talento de sempre, criando momentos que fazem rir e, de alguma forma, conectar com o mundo pixelado. A química dele com Jason Momoa é inesperadamente boa — os dois se complementam de um jeito que segura o filme com personalidade e dinamismo.
Claro, tem seus momentos mais infantis e alguns diálogos que parecem saídos direto do modo criativo do jogo, mas ainda assim funciona bem. A produção se apoia no charme do elenco e na estética colorida para construir uma aventura leve, divertida e que, pra minha surpresa, me fez querer jogar Minecraft pela primeira vez.
Para os fãs do jogo, é fanservice na medida. Para quem não conhece, é uma porta de entrada simpática.