Cena de Mufasa: O Rei Leão com o protagonista e Taka em um momento dramático na savana.

Mufasa: O Rei Leão

Avaliação:

Data de estreia: 2024-12-19
Elenco: Aaron Pierre (Mufasa), Kelvin Harrison Jr. (Taka/Scar), Mads Mikkelsen (Kiros), Beyoncé (Nala), Donald Glover (Simba)
Direção: Barry Jenkins
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 Crítica – Uma história original envolvente, com fluidez e expressividade além do live-action anterior

Mufasa: O Rei Leão é um filme que surpreende ao superar as expectativas criadas pelo polêmico live-action de 2019. Diferentemente da refilmagem de O Rei Leão, que se limitou a replicar a animação clássica com um visual “fotorrealista”, esta nova aventura traz uma narrativa original, explorando as origens do icônico rei da savana. E o resultado é um filme mais fluido, com personagens CGI mais expressivos e uma trama que, embora ainda amarrada à nostalgia da franquia, consegue se sustentar por seus próprios méritos.

A primeira grande vitória de Mufasa está na construção da história. Enquanto o live-action de 2019 sofria por ser uma cópia quase quadro a quadro do original, aqui temos um roteiro que expande o universo do filme clássico, mostrando como o jovem Mufasa (voz de Aaron Pierre) passou de um leão órfão a um líder digno do trono. A jornada é repleta de temas caros ao diretor Barry Jenkins (Moonlight), como identidade, fraternidade e destino, e embora a sombra da Disney como “fábrica de franquias” ainda pese, há espaço para momentos genuinamente emocionantes.

Outro avanço notável é a evolução técnica. Os animais, ainda hiper-realistas, ganharam expressões mais sutis e humanizadas, especialmente nos olhos – um problema crônico no filme anterior. Cenas como a separação de Mufasa de seus pais ou seu conflito com Taka (o futuro Scar) beneficiam-se disso, criando conexões emocionais que faltavam em 2019 613. A direção de Jenkins também ajuda, com planos mais ousados e uma fotografia que explora paisagens diversificadas, fugindo da monotonia da savana.

química entre Mufasa e Taka é um dos pilares do filme. A relação dos dois, inicialmente marcada por cumplicidade, desdobra-se em uma rivalidade trágica, e o roteiro acerta ao dar motivações mais complexas a Scar – ainda que alguns fãs possam achar a transformação dele um pouco acelerada 1014. Já o vilão Kiros (um leão branco com voz de Mads Mikkelsen) é uma adição interessante, embora não atinja o impacto de Scar no original.

No entanto, Mufasa não está livre de falhas. As canções, compostas por Lin-Manuel Miranda, são esquecíveis e não chegam perto do brilho de O Ciclo Sem Fim ou Hakuna Matata. Além disso, a insistência em incluir Timão e Pumba como alívio cômico soa forçada e quebra o ritmo da narrativa.

Mufasa: O Rei Leão é o melhor filme da franquia desde o clássico de 1994. Mais fluido que o live-action de 2019, com CGI mais expressivo e uma história original bem construída, ele prova que a Disney pode, sim, expandir seu universo sem depender apenas de nostalgia. Não é perfeito – as músicas e alguns personagens secundários deixam a desejar –, mas é um passo na direção certa.

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